19 de Novembro de 2023 às 04:42
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Uma Taça Feita de Um Crânio Humano
Não recues! De mim não foi-se o espírito…
Em mim verás – pobre caveira fria –
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.
Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!… que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.
Mais vale guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;
– Taça – levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do réptil.
Que este vaso, onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro
…Podeis de vinho o encher!
Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.
E por que não? Se no correr da vida
Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado
Servir na morte enfim p’ra alguma coisa!…”
19 de Novembro de 2023 às 04:42
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Batem os sinos fortemente
As corujas já voam no ar
Lá ao longe está o bosque
Ouvem-se as carroças, andar
Na luz da lua feiticeira, voam
Bruxas e feiticeiros nas vassouras
As gargalhadas estridentes no ar
Nada os faz parar, rindo de tudo
Morcegos, cobras e lagartos
Bosta de morcego, entranhas
Vísceras descompostas, horrendas
Tudo serve no caldeirão mágico
Fumo se espalha no ar, todos tremem
O medo assola a cidade, as crianças!
Cuidado! É que as bruxas as vão levar
Tranquem as porta, alhos espalhados
Nada os detém é noite de Halloween
Vôos rastejantes, risos bem marcantes
Vestes negras, olhos pintados, unhas pretas
Dentes podres, hálito de gambá, pum!
È noite dos mortos, fantasmas andam a solta
Susto ou docinho? Ou apenas um ovo partido?
Farinha, quem sabe ao forreta da rua, rápido!
Que a noite já está indo, com ela as bruxas
Já vão dormindo até ao próximo Halloween!